EDUCAÇÃO COMO DIREITO

Reza nossa Constitução (portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman) em seu 205º artigo, que todos nós brasileiros temos direito à educação. Muito bom e justo.

A mesma ainda diz que “é dever do Estado e da Sociedade” zelar e lutar por esse direito universal e com qualidade…

Se faz necessário que reflitamos acerca de determinados conceitos cruciais para a ação cidadã (cobrar direitos do Estado). Por exemplo: o que entendemos por Estado? Seriam as linhas limítrofes expressas em cartas cartográficas (mapas)? É ele um ente físico? Hipotético? Virtual? Ou serão os governantes? Sobre isso já tivemos oportunidade de aqui publicarmos algo a respeito (https://blogducabelera.wordpress.com/wp-admin/post.php?action=edit&post=5) e bom seria sua releitura.

Em sua edição de fevereiro último, a revista Caros Amigos (http://carosamigos.terra.com.br/index_site.php?pag=revista&id=138&iditens=482) traz em sua capa o educador Moacyr Gadotti, para quem, a educação é o maior entrave ao desnvovlimento do país. Não há novidade nessa afirmativa. É verdade… Entretanto, o educador nos assinala que “Nós temos hoje o mesmo número de analfabetos que tinha quando Paulo Freire deixou o Brasil para ir para o exílio: 15 milhões”.

Ele aí fala do analfabetismo  crônico em que o indivíduo não assina seu próprio nome. Mas quantos milhões são os nossos analfabetos funcionais no que tange a compreensão do que se lê,eficiência na escrita e ainda mais em informática?

Ainda segundo Gadotti “o analfabetismo é a negação de um direito”. Ressaltamos que toda espécie de analfabetismo o é.

O mais agravante desse dado constatado pelo IBGE, é que a negação desse direito acarreta a negação de uma série de outros direitos, na verdade na ausência di direito à educação só resta ao semi-cidadão (pois lhe resta o direito imposto ao voto – tão cantado como direito) o direito à sobreviver conforme as migalhas da sociedade pande-econômica em que estamos imersos, na qual impera o discurso economicista que não permite visualizar nada que não venha a consagrar-se como resultado econômico, no caso apontando-se sempre para o lucro. Pois o direito usurpado à educação (de qualidade e gratuita, como reza a Carta Magna da República Federativa do Brasil), retira também dos brasileiros autênticos (aqueles que não vivem nas “Miames” e “Parises” do mundo) o direito natural à saúde, ao emprego digno, à escolha consciente de seus representantes legais (nos sindicatos, câmaras municipais, estaduais e federal, ao paço municipal, palácio de governo estaduais e federal) e até mesmo o direito de discernir quanto ao produto cultural que irá consumir, seja ele televisivo, impresso ou audiovisual.

DIREITO?http://images.google.com.br/

Sendo assim, o não-direito à educação oferecido aos brasileiros converte-se em crime de lesa-humanidade, no fundo a continuidade do genocídio intelectual implementado aos filhos e filhas da pátria brasilis pelos militares do regime pós 64, levado a termo por nossa elite carregada do ranso daqueles tempos, e dos demais tempos da história brasileira, com raras e caras excessões.

Trata-se de um crime tão bem arquitetado que até mesmo os atores que poderiam sinalisar com uma mudança de paradigma, não percebem tal situação e vão, em sua esmagadora maioria, cumprir o eu papel constitucional e social em sala de aula objetivando aprovar ou reprovar os seus interlocutores… Mas isso já é assunto para um outro texto.

Uma resposta para “EDUCAÇÃO COMO DIREITO

  1. e põe lesa humanidade nisso…

Deixe um comentário